Zona de Interesse: a banalização do holocausto não é novidade

O filme “Zona de Interesse”, dirigido por Jonathan Glazer, oferece uma visão singular e perturbadora do Holocausto. Vencedor do Grand Prix no Festival de Cannes de 2023 e indicado ao Oscar em cinco categorias, incluindo Melhor Filme e Melhor Filme Internacional, ele nos leva a um cenário desconfortante; o tão marcado campo de concentração de Auschwitz principal base e campo de concentração da chamada solução final da questão judaica e do exterminio de judeus praticados pelo regime nazista durante sua ascenção ao poder. O filme se passa durante a Segunda Guerra Mundial e acompanha Rudolf Höss (interpretado por Christian Friedel), o comandante do campo de concentração de Auschwitz, e sua esposa Hedwig (interpretada por Sandra Hüller). Por trás da fachada de tranquilidade de sua vida aparentemente comum e bucólica, eles vivem ao lado do campo de concentração de Auschwitz. O dia a dia desses personagens se desenrola entre os gritos abafados de desespero, de um genocídio em curso, do qual eles também são diretamente responsáveis. Mas vivem como se alheios a está crueldade, como se ela fosse corriqueira e é parte da vida deles, como se ela fosse simples, apenas um serviço a ser protocolado pelo estado, como um simples funcionário público Rudolf Hoss extermina pessoas enquanto demonstra-se um pai afetivo e um marido exemplar com a sua familia. Rudolf Höss foi, de fato, o comandante de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial. Sob seu comando, Auschwitz se tornou um dos maiores sistemas de aniquilação sistemática de seres humanos da história. Ele testou e implementou métodos de matança, incluindo o uso do pesticida Zyklon B, que continha cianeto de hidrogênio, para acelerar o processo de matança de judeus no Holocausto. O holocausto ser negado e ignorado não é uma novidade, logo após sua descoberta muitas pessoas, apesar das provas cabais ainda negavam o seu ocorrido assim como negam holodomor, o massacre do governo chines na praça da liberdade e tantos outros atos execráveis cometidos por governos totálitários do mundo todo. Assisti esse filme logo antes de saber das declarações do nosso presidente da república sobre a questão palestina comparando o holocausto com a guerra na faixa de gaza e sobre isso só tenho a dizer duas coisas. O Holocausto é uma politica oficial praticada por um estado contra seu povo (porque judeus alemães, também morreram), a guerra em gaza de certo preocupante não é uma politica praticada por israel para eliminar os palestinos, mas para eliminar o Hamas , grupo terrorista que detesta a civilização ocidental, Após o grupo ter cometido um atentado em outubro que vitimou judeus e pessoas de outros paises.
Há palestinos morando em Israel, já na alemanha nem os judeus alemães eram considerados cidadãos. Mas nós sabemos que estudo aprofundado e habilidade discursiva não é o forte de nossos estimados representantes, vide as inúmeras saias justas que nos metemos sempre que um deles discursa na ONU. Mas a convergência de momento vem a calhar, pois não podemos nos esquecer nunca de que o autoritarismo é sempre prejudicial á humanidade, sem exceção. O governo não deve ter o direito para decidir quem é inimigo de quem e ter poder sobre a vida de qualquer individuo, Como ''Zona de Interesse'', nos mostra conceder essa permissão pode custar muito caro, e pode desumanizar o que é humano.

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